19 novembro 2008

Há 98 anos no Mérrico...


estourava a revolução! Como eu não gosto de falar de clichês o post de hoje não será sobre o dia da consciência negra. Será sobre outra origem nossa: a américa latina (que não é composta só de países da parte sul-americana do continente, como diz o senso comum, mas todos os países que falam espanhol, português ou francês, bem como outros idiomas derivados do latim).

Bem voltemos no tempo: em 1910 o México era virado em ditadura, latifundio e empresas estrangeiras (não mudou muita coisa na América né?). O presidente Porfírio Diaz era o manda-chuva desde 1876 até que a população ficou de saco cheio de ser explorada e de ter suas terras sugadas e então resolveu levantar-se contra o governo.

Começou com um tal de Francisco Madero que em 20 de novembro de 1910 liderou a insatisfeita população urbana e tomou o poder, cancelando a reeleição de Diaz. Mas Madero não durou muito, e 2 anos de pois foi vítima do mesmo tipo de golpe. O bola da vez agora era Victorio Huerta, apoiado pelos pobres latifundiários. Mas já tinha quem peleiasse contra este barão.

Pancho Villa, com os camponeses do norte, liderava o seu movimento camponês, defendendo a reforma agrária. Pelo sul, Emiliano Zapata organizava um exército popular, que invadiam e incendiavam fazendas e refinarias de açúcar. Sobre eles foram feitos dois ótimos filmes. E Estrelando Pancho Villa (contemporâneo, de 2003, com Antonio Banderas como protagonista) e Viva Zapata! (antigão, com Marlon Brando no papel principal).




A existência dessa resistência incomodava a zelite e os vizinhos EUA. Os milicianos seguiam crescendo, o que desencadeou nas cidades um movimento constitucionalista, que levaria ao poder Venustiano Carranza em 1914. Este criou medidas nacionalistas, mas não democráticas, e uma Constituição novinha em 1917.

A Constituição, garantia os direitos individuais, o direito à propriedade, leis trabalhistas, regulava a propriedade do Estado sobre as terras , águas e riquezas do subsolo; e em parte serviu para desmobilizar os camponeses, o que culminou na morte dos antigos revolucionários, Zapatta e Villa, por emboscada, como bem mostram os filmes (pronto contei o final. Mas o que importa é o durante).

É legal pensar que essa Revolução foi a primeira das muitas do século XX, antes até da revolução bolchevista de 1917, a qual citei aqui.

Há 38 anos, ainda nos bastidores ...

Muitos (para não dizer todos) daqueles que cresceram na década de noventa, alternando a atenção entre os filmes que passavam no Cinema em Casa e na Sessão da Tarde, devem ser invadidos por centenas de lembranças que são reavivadas ao ouvir o som dos Oompa Loompa’s, ao imaginar o real gosto dos Chocolates Wonka (e não me venham com aquele papo de que a Nestlé possui, desde, 1988, os direitos de produção do Chocolate Wonka – eles possuem Oompa Loompa’s? Possuem a cachoeira de chocolate e tudo mais? Então eles na produzem chocolates iguais aos do filme) ou ao lembrar dos simpáticos avós do Charlie.

Refiro-me ao filme “Willy Wonka & the Chocolate Factory”, que em português recebeu o nome de A fantástica Fábrica de Chocolate. A primeira, e clássica, versão do filme teve as suas gravações finalizadas no dia 19 de novembro de 1970, há exatos 38 anos. O seu lançamento deu-se no ano seguinte, em 1971.
O filme é inspirado no livro “Charlie and the Chocolate Factory”, escrito por Roald Dahl, e narra a história de Charlie Bucket (Peter Ostrum), menino pobre que mora com seus pais e com seus quatro avós em uma pequena casa, em uma cidade indefinida. Perto dali existe uma enorme e misteriosa fábrica de chocolates, que pertence à Willy Wonka (Gene Wilder). De repente uma promoção é lançada. Cinco convites dourados são escondidos dentro de barras de chocolate Wonka, e espalhados ao redor do mundo pelos distribuidores dos doces. As cinco crianças felizardas que encontrassem os convites, teriam o direito de passar um dia inteiro na Fábrica de Chocolates, acompanhadas por um adulto responsável. Charlie é um dos que acha o convite. Assim, na companhia de um de seus avôs, e dos demais que tiveram a mesma sorte, Charlie entra na Fantástica Fábrica de Chocolates. Depara-se com uma realidade completamente diferente, descobre técnicas surreais utilizadas na produção dos chocolates e descobre que a visita é na verdade um teste, por meio do qual as crianças consideradas “inaptas” vão sendo, literalmente, descartadas. O prêmio que Charlie recebe, por ter sido considerado uma criança com boa índole, é a posse da fábrica, desde que abdicasse de sua família. Charlie opta, sem pestanejar, pela família. Willy Wonka não compreende. Passado algum tempo, tudo se resolve. O menino ajuda o proprietário da fábrica a encontrar seu pai e assume a fábrica. Willy Wonka, grato e mais apegado a Charlie, aceita a presença dos familiares do garoto dentro da fábrica.
A direção, dessa primeira versão, coube a Mel Stuart. Em 2005 foi gravada uma nova versão. Johnny Depp interpretou Willy Wonka e Tim Burton a dirigiu.