20 outubro 2008

Há 17 anos na Fórmula 1 ...

Ayrton Senna da Silva vencia em Suzuka, no Japão, o seu terceiro campeonato mundial de Fórmula 1. Senna foi um piloto brasileiro de Fórmula 1, três vezes campeão mundial, nos anos de 1988, 1990 e 1991. Foi também vice-campeão no controverso campeonato de 1989 e em 1993. Faleceu em um acidente no Autódromo Enzo e Dino Ferrari, em Ímola, durante o Grande Prêmio de San Marino de 1994. Sua excelente performance nas fórmulas anteriores o levou a estrear na Fórmula 1 no Grande Prêmio do Brasil de 1984 pela equipe Toleman-Hart. Logo, na sua primeira temporada na categoria máxima, demonstrou rapidamente um talento excepcional, levando a pequena equipe inglesa à exaustão e a obter resultados jamais alcançados.

Senna nasceu na capital paulista, filho de um rico empresário brasileiro, e desde cedo interessou-se por automóveis. Incentivado pelo pai, ganhou o seu primeiro kart, feito pelo próprio pai (Sr. Milton) aos quatro anos de idade. A habilidade do garoto na condução do novo brinquedo impressionou a família. Aos nove anos, já conduzia jipes pelas precárias estradas existentes no interior das propriedades do pai.

Começou a competir oficialmente nas provas de kart aos treze anos. Depois de terminar como segundo colocado em várias ocasiões, em 1977 ganhou o Campeonato Sulamericano de Kart.
Em 1981 começou a competir na Europa, ganhando o campeonato inglês de Fórmula Ford 1600 e foi campeão europeu e britânico de Fórmula 2000 no ano seguinte. Assim, acumularam-se muitos títulos ao piloto automobilístico brasileiro, até que no dia 1º de maio de 1994, ele foi vítima de um acidente fatal na terceira corrida da temporada, o GP de San Marino, em Ímola. Neste dia, Senna passou o final da manhã reunido com outros pilotos, determinado a recriar a antiga Comissão de Segurança dos Pilotos, a fim de melhorar a segurança na F1. Como um dos pilotos mais velhos, ele se ofereceu para liderar esses esforços.

Ele saiu em primeiro, mas J.J. Lehto deixou morrer sua Benetton, fazendo os outros pilotos desviarem dele. Porém Pedro Lamy, da Lotus-Mugen, bateu na parte traseira de Lehto, o que levou o safety car à pista por cinco voltas.

Na sétima volta a corrida foi reiniciada, e Senna rapidamente fez a terceira melhor volta da corrida, seguido por Schumacher. Senna iniciara o que seria a sua última volta; ele entrou na curva Tamburello e perdeu o controle do carro, seguindo reto e chocando-se violentamente contra o muro de concreto. Os oficiais de pista chegaram à cena do acidente e, ao perceber a gravidade, só puderam esperar a equipe médica. O piloto foi removido de seu carro pelo Professor Sidney Watkins, neurocirurgião de renome mundial e recebeu os primeiros socorros ainda na pista, ao lado de seu carro destruído, antes de ser levado de helicóptero para o Hospital Maggiore de Bolonha onde, poucas horas depois, foi declarado morto.
O professor Watkins declarou: “Ele estava sereno. Eu levantei suas pálpebras e estava claro, por suas pupilas, que ele teve um ferimento maciço no cérebro. Nós o tiramos do cockpit e o pusemos no chão. Embora eu seja totalmente agnóstico, eu senti sua alma partir nesse momento”.

Foi encontrado no carro de Ayrton Senna uma bandeira austríaca que, em caso de uma possível vitória, Ayrton Senna a empunharia em homenagem ao austríaco Roland Ratzenberger, morto um dia antes.