03 dezembro 2008

Há 41 anos, na África do Sul...

O desenvolvimento de novas técnicas e a compreensão de como estas podem ser aplicadas aos pacientes conferem à medicina um caráter de desenvolvimento constante, que é fundamental para a sobrevivência das pessoas e para o aumento da qualidade de vida destas.
Procedimentos que hoje são corriqueiros, contudo, foram considerados impossíveis em outros tempos, tanto pela inexistência de equipamentos adequados, quanto pelo desconhecimento do funcionamento do intrincado sistema que é o corpo humano.
Um destes procedimentos é o transplante de órgãos e tecidos. Durante muito tempo, os médicos buscaram soluções para o problema da rejeição, já que o sistema imunológico rejeitava órgãos e tecidos que lhes fossem estranhos.
Buscando transpor este problema, o cirurgião Joseph Murray, em 1954, realizou o primeiro transplante de rins entre gêmeos idênticos, justamente para evitar que a rejeição do órgão ocorresse.
O desenvolvimento de medicamentos imunossupressores, entretanto, permitiu que mais transplantes fossem realizados, e não apenas entre gêmeos.
Em 1967, há 41 anos, o médico Christian Neethling Barnard realizou o primeiro transplante de coração entre pessoas, já que testes em animais já vinham sendo realizados há um tempo.
O paciente operado sobreviveu por poucos dias, mas a cirurgia representou uma marco no desenvolvimento da ciência médica.
Atualmente, muitos transplantes são realizados em todo o mundo, e um número ainda maior de pessoas aguarda em filas, por determinado orgão ou tecido.
Dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), mostram que, em 2007, foram realizados 18.621 transplantes no país, sendo que 13.887 foram de tecidos e 4.734, de órgãos.
O número de transplantes já é significativo, mas mais deles são necessários. Para isso, a conscientização das pessoas torna-se fundamental. Um meio simples de ajudar e tornar-se doador de órgãos.

A compreensão de que, em caso de morte encefálica, os órgãos podem ser doados e manter vivas pessoas que vêem, em transplantes, a única possibilidade de recuperação.